Na Fajã dos Vimes, as festas do Espírito Santo sempre foram comemoradas de duas formas que, a certo momento, se unem.
Havia uma irmandade do Espírito Santo composta por catorze “irmãos” que davam os jantares no fim de semana do Espírito Santo e da Trindade, os chamados “Gastos do Espírito Santo”.
Todos os anos, dois irmãos davam um “gasto”, existindo mesmo uma determinada ordem, eram sempre os mesmos dois que davam no mesmo ano, o que fazia com que cada par de “irmãos“ dava os seus “gastos” de sete em sete anos. Foi essa irmandade que construiu o império que, ainda hoje, existe na Fajã dos Vimes.
A preparação do gasto começava semanas antes. O mordomo convidava os homens para ajudarem a apanhar, cortar e rachar a lenha e as mulheres para ajudarem na preparação das comidas e doces próprios da época. No primeiro dia, faziam-se as rosquilhas, os ginetes e as espécies. No segundo dia, faziam-se as caldas e o doce era guardado em cestos de vimes, às camadas, em lençóis de paninho fino que eram aquecidos no forno, porque, quanto mais quentes os lençóis, mais depressa o doce embranquecia.
Fonte: http://roteirodesazores.com/festa/irmandade-do-divino-espirito-santo-da-faja-dos-vimes/