Reserva da Biosfera
Fajãs de São Jorge

As Fajãs são o principal ex-líbris da paisagem jorgense e integram, desde 2016, a lista restrita das Reservas Mundiais da Biosfera da UNESCO tendo sido também distinguidas com uma menção honrosa no Prémio Nacional da Paisagem de 2020, no contexto da 3.ª Conferência Nacional de Arquitetura e Paisagem.

A Reserva da Biosfera das Fajãs de São Jorge tem uma área total de 98.114, 17 ha, correspondendo a todo o espaço terrestre da ilha de São Jorge e a uma área marinha envolvente, cujo limite exterior dista 3 milhas da linha de costa.

A ilha de São Jorge apresenta uma extensa linha de costa, em resultado da sua configuração alongada e o aspeto montanhoso é devido sobretudo às arribas escarpadas, principalmente na costa norte, o que torna a paisagem mais abrupta.

A par dos vales encaixados existem outros que nem chegam a atingir o nível do mar, ficando suspensos no alto da arriba dando origem a magníficas cascatas.

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Na orla costeira surgem pontualmente superfícies planas, designadas fajãs (fajãs de talude e fajãs lávicas) que constituem uma característica diferenciadora da ilha, pela relação equilibrada entre o homem e a natureza e pelas vivências únicas, paisagens e biodiversidade.

Os costumes associados às fajãs, singulares nos Açores, foram sendo consolidados ao longo dos anos, resultando numa especificidade cultural que se mantém até aos dias de hoje.

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Fajã de Santo Cristo

Localizada no lado norte da ilha é classificada como Reserva Natural Parcial e Área Ecológica Especial, com vista à salvaguarda da população de amêijoas existente e manutenção do seu equilíbrio ecológico. Apresenta condições ideais para a prática de diversos desportos como o surf, ou o pedestrianismo, sendo exemplo disso o trilho pedestre da Serra do Topo – Caldeira de Santo Cristo. É considerada a Fajã mais emblemática da ilha.

Fajã dos Cubres

A Fajã dos Cubres é um local distinto, localizada na encosta norte da ilha, cujo nome teve origem na abundante planta com pequenas flores amarelas, denominada Cubres. Destaca-se a sua lagoa, com uma forma irregular e com quatro pequenos ilhéus no seu seio, refúgio natural para diversas aves marinhas e migratórias. Aqui encontra-se uma grande variedade de fauna e flora marinha típica.

Fajã dos Vimes

Situa-se na costa sul da ilha e é uma fajã muito atrativa pela sua dimensão e características, cuja área habitável estende-se pelas colinas. Conhecida pelo cultivo de café, única na Europa, é também famosa pelo seu artesanato, como as "Colchas da Fajã dos Vimes", tecidas por artesãs em teares de pedais. Aqui vêm desaguar três ribeiras, sendo uma das particularidades da Ribeira dos Vimes ser uma fonte de água mineral gaseificada.

Fajã do Ouvidor

Uma das fajãs mais procuradas da costa norte, pela sua acessibilidade, encantos naturais e humanos. As piscinas naturais, que dão ótimas zonas balneares, dão uma singularidade a esta fajã que lhe traz muitos visitantes, sendo a Poça Simão Dias a maior e mais paradigmática. É também muito concorrida por ocasião das festas do espírito Santo, na 5ª feira do Espírito Santo e da Trindade, onde são cozinhadas e fornecidas as tradicionais “Sopas do Calhau”.

Fajã João Dias

Com acesso feito por um trilho estreito e inclinado, esta fajã pertence à freguesia dos Rosais devendo o seu nome ao proprietário que possuía a maior parte da fajã. As casas desta fajã são peculiares pois todas têm a sua cisterna para captação das águas das chuvas. A sua paisagem é peculiar principalmente pela existência de uma baía com um pequeno areal, proporcionando uma zona balnear.

Fajã das Almas

A Fajã das Almas situa-se no lado sul da ilha, na freguesia das Manadas, concelho de Velas, e é também conhecida como Fajã do Calhau. Nesta fajã podemos encontrar duas ermidas, a ermida de Nossa Senhora das Almas, situada no lugar dos Barbós, e a ermida de Santo Cristo, construída em 1876. A 9 de Setembro de 1880, a ermida de Santo Cristo sofreu um incêndio, sendo a sua reconstrução promovida pelo Barão do Ribeiro e benzida a 14 de Janeiro de 1882.

ECOTOUR

O projeto ECOTOUR visa valorizar o património natural e cultural das zonas costeiras, áreas protegidas de Ilhas Canárias, Açores, Cabo Verde, Mauritânia e Senegal, através da promoção de atividades de ecoturismo.